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LOURIVAL BATISTA

Vamos nessa que hoje é domingo, dia de descanso, leitura, birita ou de um fuminho. Quem sabe? Ou então, o "classe média baixa", aproveita para lavar o carro, com uma dose do "Professor" em cima da meia parede do muro, pra depois ler as mesmas coisas de sempre no resistente jornal diário. Brincadeira, vamos chamar mais uma vez - Louro, agora, que o centenário dele está chegando e, "Vai já começar a feira". Louro cantava com João Severo de Lima, na cidade de Teixeira, mesmo dentro dos ninhos de poetas (segundo, Ivo Mascena, em seu livro: Lourival Batista Patriota,pág - 141) quando aproximou-se um cidadão e colocou na bandeja duas cédulas de R$ 20,00. Para a frustração da dupla, o cidadão, se fazia acompanhar da sua querida sogra, que não teve dúvida, se levantou, foi até a "bandeja" e retirou uma das cédulas, sem o menor disfarce. Lourival, não tirou por menos a subtração da "cobra", e deu o troco, com esta sextilha:

- MEU AVÔ SEMPRE DIZIA
QUE TODA SOGRA É À-TOA
MEU PAI DIZIA TAMBÉM
NÃO EXISTE SOGRA BOA
QUANDO É BOA PARA O GENRO
É RUIM PRA OUTRA PESSOA.

Genial, ou não, o - Velho Louro? Mas, tem mais. Esta é clássica. Claro! Também numa cantoria (só pra fechar o domingo, porque vamos já, já tomar "uma" no - poleiro com Tarciso Ferreira e Zé Venâncio) que "ninguém é de ferro"! Haviam dois sargentos da polícia ouvindo a dupla. O primeiro, colocou dinheiro na bandeja, por duas vezes, entusiasmado com os elogios e repentes dos poetas. Foi agraciado:

- AS NOTAS DESSE SARGENTO
EU GOSTEI DE RECEBÊ-LAS
DEUS QUEIRA QUE ESTAS TRÊS FITAS
SE TRANSFORMEM EM TRÊS ESTRELAS
SUBAM DOS BRAÇOS PROS OMBROS
E EU ESTEJA VIVO PRA VÊ-LAS.

O outro sargento, estava na cantoria, mas, apático, carrancudo e desconfiado, "feito doido em cemitério" como diz o poeta, Joselito Nunes. O homem retirou-se da cantoria, provavelmente enciumado com os elogios feitos para o seu colega de farda. Nada colocou na bandeja e deu o fora! Pra que? Será que o Lourival seria capaz de ficar calado com tal atitude. Então, vejamos:

- ESSE AÍ NÃO SERÁ NUNCA
NEM CAPITÃO NEM TENENTE
O GALÃO QUE ELE MERECE
É UM GALÃO DIFERENTE
É UM PAU COM DUAS LATAS
UMA ATRÁS OUTRA NA FRENTE.